25 de março de 2008

Here Comes Your Man

Aprovação na primeira fase do IRBr. A pior parte já foi e o concurso de verdade começa agora. Mais precisamente no domingo, quando acontece a segunda fase.

24 de março de 2008

Marcas Atingidas

No Le Monde, hoje:

"4000 soldados americanos foram mortos no Iraque desde 20 de março de 2003

Depois da morte de 4 soldados após um ataque em Bagdá, o número de militares americanos mortos desde o início da guerra no Iraque atingiu, no domingo, 23 de março, a marca simbólica de 4 mil mortos, 5 anos após o início da intervenção dos Estados Unidos no país."

O governante em exercício de lá de cima continua com apoio da população mesmo depois de 4 mil mortos. Nos tempos do Vietnã, a essa altura do campeonato, já tinha gente lotando Washington.

Eu desisto de entender o país e resto meu caso.

20 de março de 2008

PFM

bussa già/la fretta di te...

19 de março de 2008

Derrotando Um Império
























No ano em que se completa 40 anos da Ofensiva do Tet, quando os americanos realmente sentiram o peso dos vietnamitas, vale a pena dar uma boa olhada nesta entrevista concedida por um de seus principais artífices, o general Vo Nguyen Giap. A entrevista é de 1996, mas sempre é interessante principalmente em face dos últimos acontecimentos no Iraque. O melhor trecho, na minha opinião, é:

An 18-year-old girl once said that she followed routes every day and studied the patterns of American flights and when they would attack. I told her that she is a philosopher to understand that, because only philosophers talk about principles. Later she used small gun to shoot down an aircraft from a mountainside.

17 de março de 2008

Aula De Lógica

Modelo de inferência:

Se A, então B.

Modelo de inferência estilo Olavo de Carvalho:

Se A, então a culpa é dos comunistas e do Foro de São Paulo.

Modelo de inferência estilo Reinaldo Azevedo:

Se A, então a culpa NÃO é do PSDB.

Modelo de inferência estilo Diogo Mainardi:

Se A, então o Brasil é uma merda.

Modelo de inferência estilo OAB/SP:

Se A, então cansei!

Modelo de inferência estilo Josef Stalin:

Se A, então você é um inimigo do povo.

Modelo de inferência estilo Pol Pot:

Se A, então considere-se morto.


Modelo de inferência estilo ditadura latinoamericana:

Se A, então cadê aquele militante político que estava aqui?

Modelo de inferência estilo Mao Tsé-Tung:

Se A, então você é um revisionista!

15 de março de 2008

Chuck Norris Dos Anos 40

Um aspecto meio mórbido de minha personalidade diz respeito ao fato de gostar de saber sobre armas e táticas/estratégias de combate, embora eu não me sinta bem manejando as mesmas e ter plena consciência de que um campo de batalha não é exatamente um dos lugares mais salutares pra se estar. Mas o mesmo não se aplica tanto sobre armas brancas, e hoje eu estava lendo sobre um tipo de arma muito usada na Escócia do período medieval: a claymore, uma enorme e pesada espada cruciforme, tendo em média 1,40 m de comprimento e pesando 2,5 kg. Suas versões modernas (armas de infantaria usadas em combate corpo-a-corpo nos séculos XVIII e XIX), no entanto, tinham guarda e empunhadura semelhantes a um sabre esportivo moderno, além de serem menores e mais leves.

O último uso moderno conhecido destas claymores modernas foi por um certo Jack Churchill, oficial do exército inglês que serviu no teatro de operações da Europa durante a Segunda Guerra Mundial. A ficha corrida do sujeito é de impressionar: nascido na então colônia da Coroa de Hong Kong, serviu em um regimento real na Birmânia antes de completar 18 anos. Depois, viveu de bicos em filmes, fazendo papéis de suporte como gaiteiro de foles e arqueiro. Ao estourar a Guerra na Europa, alistou-se novamente, e chegou a participar da desastrosa retirada de Dunquerque. Foi então que ele resolveu se alistar em uma modalidade nova de treinamento de infantaria: só porque o treinamento parecia perigoso, resolveu ser voluntário nas primeiras turmas de commandos do exército inglês.

Churchill era conhecido por sua valentia em combate e por sua estranha preferência por arcos e flechas e a bendita claymore moderna, ao invés de fuzis e submetralhadoras. Foi condecorado diversas vezes por valentia, participando de batalhas na França, Noruega, Itália (em Salerno, capturou uma sentinela com a ajuda de um cabo armado apenas com um fuzil e forçou 3 pelotões e uma seção de morteiro a se render). Na Iugoslávia, ao auxiliar uma companhia de partisans comunistas a capturar uma guarnição nazista, avançou contra os inimigos apenas tocando uma gaita de foles. Foi capturado, é certo, mas isso não o impediu de continuar aprontando.

Depois de ser brutalmente torturado em Berlim, o nosso valente soldado é enviado ao campo de concentração de Sachsenhausen, mas as grades não seriam suficientes para segurá-lo: termina fugindo junto com um oficial da Força Aérea Real e só seriam recapturados a poucas milhas do Báltico, nas proximidades de Rostock, e da provável liberdade na Suécia. É mandado para Niederdorf, Áustria, de onde viria a fugir novamente no final da guerra e seria reintegrado ao front na Itália.

Terminado o conflito, Churchill torna-se instrutor militar na Austrália, onde conheceria algo que o ocuparia durante muito tempo no restante de sua vida militar, e além: o surfe. Sim, mesmo com seus 50 ou 60 anos, o dito cujo ainda arranjou tempo pra aprender a surfar, aprender a dar o shape de pranchas de surfe, e ser o primeiro a surfar na "pororoca" do rio Severn, na Inglaterra. Morreu em 96, aos 84 anos de idade, vividos com certeza intensamente.

Esse, com certeza, não ficou "com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar".

P.S.: Duvida? Então saca só esse outro link aqui.

12 de março de 2008

De Volta, Mais Uma Vez

O quê, vocês realmente acham que eu vou publicar minha nota do Rio Branco aqui antes de sair o resultado oficial? Nem a pau!

* * *

Impressionante o quanto os geradores de texto hoje em dia estão ficando mais próximos da realidade (ou a realidade está ficando mais próxima de um gerador de texto, enfim, chacun à son gout). Vejam a música do Humberto Gessinger que eu fiz em homenagem a um colega meu:

Atrás de um chute

Não importa se só péla
o que não tem importância
O Bululu já sabe
Somos um passarinho sem infância
Atrás de um chute
Atrás de um Buíque
Depois de um trago
Eu trago um punk
E molho a bunda
E moldo a baleia
Você é balofa
sua mãe é balofa
que importa um trago

Bis

Atrás de um chute
Atrás de um Buíque
Para comer
Para beber
Para coisar e fazer estrago
Depois de um trago .

E não deixa de ficar muito parecida com as originais.

7 de março de 2008

Hora do Combate




























Amanhã eu embarco pra Recife, pra fazer a bendita prova do Inst. Rio Branco. Este ano é pra valer, e eu acredito que minha postura em relação ao teste deve ter um pouco mais de empáfia e coragem.

A haka é uma dança tradicional dos maoris neozelandeses, normalmente associada a cantos de guerra, mas também utilizada em boas vindas amigáveis (!) por exemplo. É marcada por seus gritos assustadores e movimentos ameaçadores das mãos, bem como pela expressão raivosa de quem a executa.

Esta, transcrita abaixo e com uma tradução livre para o português, é a "Ka Mate", a tradicional do time de rugby da Nova Zelândia, seguramente um dos melhores do mundo. É de praxe neste esporte, ao enfrentar os All Blacks, que se ouça atentamente e com coragem à música antes de cada jogo. Quem ignorou até hoje nunca conseguiu vencer um jogo contra eles.

Ka mate, ka mate,
Ka ora, ka ora,
Ka mate, ka mate,
Ka ora, ka ora!

Tenei te tangata puhuruhuru
Nana i tiki mai whakawhiti te ra!
Upane... Upane
Upane kaupane
Whiti te ra!!!

Tradução:

É a morte, é a morte,
É a vida, é a vida,
É a morte, é a morte,
É a vida, é a vida,

Eis o homem cabeludo
Que fez com que o sol nascesse de novo para mim!
Acima das escadas, acima das escadas
Lá em cima
O sol brilha de novo!

* * *

Vídeos do time executando a dança podem ser executados no Youtube. Aliás, eu queria encontrar uma foto de um movimento deles que parece que estão "dando uma banana", mas não encontrei. Infelizmente.

3 de março de 2008

Smells Like Shit Spirit

Os jornais falam por si só, mas eu tenho de dar meus dois tostões de opinião: vai feder, mas não tanto quanto muita gente gostaria.

Ah, coisas interessantes sobre o assunto dentro da comunidade de "wannabe-diplomats" desse país. A próxima geração promete...

"[Desmerecendo uma argumentação contrária à incursão colombiana baseada no direito internacional, dando como exemplo o conflito árabe-israelense] Seria interessante se voce morasse numa cidade Israelense e se caisse um foguete na tua casa e matasse a tua familia e voce disesse. Nao podemos fazer nada por que alguem na comunidade coisas da diplomacia cheio da verdade acha que uma retaliacao nossa violaria o direito internacional. Sinceramente...."

"[Ressuscitando a hipótese FORO DE SÃO PAULO] O stabilishment acadêmico e midiático está morrendo de medo de ter que admitir - mesmo em hipótese - que o Olavo pode estar certo quando fala do Foro de São Paulo....."

E o show de horrores continua aqui.

1 de março de 2008

Pra Começar Bem Março

Ontem foi dia de chuva pesada aqui na região. E hoje de manhã pude conferir os frutos dessa semana de aguaceiros quando acompanhei minha avó a uma feira aqui próximo, na cidade vizinha de Buíque (danôsse!): uma profusão de frutas de época, vegetais, até mesmo alguns peixes. Com os legumes e frutas a gente nem se incomoda tanto. Afinal de contas, em todo o lugar é assim, mas é meio complicado confiar no peixeiro que escama o seu produto diretamente nos bancos e sem nenhum traço de gelo ou de proteção contra as moscas.

Fora isso, "são as águas de março fechando o verão, e a promessa de vida no meu coração".

* * *

Tem blog novo na área. Trata-se do Fábrica de Sonhos, da senhorita Ana Rebel. Também conhecida como dawn outrora. Ela sabe sonhar como ninguém, e eu digo isso por experiência própria. Nada mais justo que compartilhar com o mundo os sonhos dela. Este blogueiro e este inocente menino do interior agradecem.

* * *

O outro é do meu amigo Carlos Peres. Esse é carioca também (e tricolor carioca doente), mas radicado já há algum tempo em Recife. Tive muito orgulho de compartilhar com ele os bancos de faculdade, e ele também está se saindo um pesquisador de primeira na área de Comunicação. Ganha com isso a carentíssima comunidade científica do ramo e os profissionais, que necessitam de vez em quando de ótimos textos para balizarem o que vão escrever no dia seguinte. Por isso, não tenham dúvidas em acessar o Agenda Pública.