28 de abril de 2009

"Que Time É Esse?"












Juro que tive de ouvir isso. Logo "dela".

Edinho, em que buraco você nos enfiou...

18 de abril de 2009

Moleskine Para Nome De Um Fetiche

Fazia tempo que eu não lia o blog da senhorita Panarello, que por sinal não anda atualizando muito o blog. Deve estar ocupada. Enfim, uma das últimas ocorrências dela diz respeito à sua relação com o seu Moleskine, de companheiro de aventuras e de horas de relaxamento.

Um Moleskine é um invento de uma papelaria parisiense de fins do século XIX. Trata-se de um tipo de caderno brochura, com capa de couro (hoje em dia, sintético ou de plástico), onde ao abri-lo, as folhas permanecem sem curvas ou dobras. Elas ficam lá, retinhas, como se você estivesse escrevendo em um bloco de notas. Existem modelos pautados, quadriculados, ou o mais famoso, que não tem pauta nenhuma.

Muita gente famosa usava Moleskine. Lembro-me de pelo menos dois: Picasso e Ernest Hemingway. Muitos viajantes europeus do passado e presente ainda o usam para registrar um diário de viagem, em suas frequentes andanças de carona, indo de albergue da juventude a albergue da juventude. Podem ser notas, desenhos a bico de pena ou até mesmo aquarelas. Mas o uso mais comum é entre os estudantes.

Eu sou louco pra ter um Moleskine. Sentir a liberdade de escrever um pensamento da forma que eu quiser, com uma caneta tinteiro ou de gel, em uma caligrafia (camoniana, no dizer de um colega meu) na qual só eu sei que vou entender. Acadêmico, pessoal. E depois guardá-lo como lembrança, feliz ou não, de um determinado momento de minha vida.

15 de abril de 2009

Pouco A Pouco

"Me empresta seus olhos só por um instante? Dá pra ver a alma da gente neles..."

E então, aquele que é provavelmente o mais belo sorriso do mundo se abriu.

7 de abril de 2009

A F-1 Que Não Volta Mais

Quem quer que tenha um pouco de graxa nas juntas e energia nas baterias (eu sou ecologicamente correto), deve ter se ligado no sucesso que a Brawn GP anda fazendo na Fórmula 1. Basicamente, eles estão passando por uma ressurreição depois do furacão da crise econômica e do fim da participação da Honda na categoria. Hoje em dia, com um carro avançado desenvolvido de forma praticamente independente e um motor de vergonha na cara (Mercedes), eles estão superando todas as expectativas, conquistando duas vitórias em 2 GP's.

A Brawn nos faz lembrar de uma época na qual se fazia o "monoposto de autor". Antes da década de 90, raramente se ouvia falar em equipe de fábrica de automóveis, mas sim em fornecedores de motores. Das notáveis exceções que me recordo, estão a Alfa Romeo, Renault, Ferrari e a própria Honda, que correu na década de 60 com bonitinhos carros nas cores de competição do Japão. A mágica mesmo era feita pelos construtores, como Frank Williams, Jack Brabham e Ken Tyrrell. Hoje em dia, vale (ou valia) o dinheiro das megacorporações.

Outra coisa que deixa saudade e que duvido muito que volte são os clássicos circuitos da F-1 de antanho. Eu já me queixei diversas vezes disso e alguns colegas meus já torceram o nariz. Mas eu gostaria de ver algo mais familiar e com mais história do que as abominações que são os GP's do Bahrain e de Abu Dhabi. É inaceitável ver que corridas tradicionais como as da França e do Canadá voaram no pau, na busca desenfreada de grana encabeçada por Max Mosley e Bernie Ecclestone.

Dos antigos circuitos, eu concedo que pelo menos uns 3 não teriam condições de voltar: Anderstorp, na Suécia, está atrasadíssimo; Brands' Hatch, na Inglaterra, é razoavelmente moderno, mas o traçado não comporta mais carros de F-1; finalmente, Jacarépaguá ainda teria um enorme potencial, não fosse a terrível má vontade da CBA e dos governos do Rio (embora Interlagos seja hoje a meca do automobilismo nacional, indiscutivelmente). Mas ver Estoril, Paul Ricard, Montréal, Zandvoort e Bueños Aires de fora é de doer.

Eu concedo que, dada a força econômica de hoje em dia, cada BRIC deveria ter um circuito. Parece que estão fazendo uns bons na Rússia e na Índia. Talvez na China eles devessem tirar a competição de Xangai e colocar no circuito de rua de Macau. Fica a idéia.

1 de abril de 2009

Eu Tenho Medo

(Bendita preguiça, bendita falta de inspiração, bendita cabeça a mil)

Eu morro de medo de ter de me apaixonar por alguém de quem todo mundo é a fim. É como quando eu tentava a vaga no Instituto Rio Branco, com a diferença de que a seleção do IRBr é comparativamente mais fácil.

Há de se separar mulheres de mulheres neste caso. Existem as deusas estonteantemente lindas, cuja aparência é um cruzado de direita no seu queixo e que chacoalha seu cérebro até o último balançar, no último neurônio da parte do cérebro responsável por avaliar a beleza feminina.

Essas eu dispenso. Ou então fico babando por elas quando uma desilusão amorosa providencial trata de ligar o "foda-se" no meu julgamento. É uma manifestação de catarse, de puro desbunde de um coração partido e cheio de mágoa: "Dane-se! Vou pedir em casamento a primeira loira de 1,90m que aparecer na minha frente!". Mas eu sei que esse tipo de vontade nunca vai pra frente, já que minha vida não é feita totalmente de cabeças quentes e corações amargurados.

Temos um problema quando se trata de uma menina não necessariamente linda, mas um "bonita-próximo-da-realidade". Esse não é exatamente o seu principal atributo, mas sim a sua capacidade de atrair as pessoas com uma palavra amiga, com meiguice, doçura, inteligência e carinho. Chovem homens em cima dessas mulheres, porque, em última análise, é o que todo mundo quer, e me dói ter de desagradar a loira de 1,90m do parágrafo acima dizendo isso.

Eu morro de medo de me ver apaixonado por uma mulher assim pois, como eu disse antes e como antes de mim disse o bardo do Cariri (Xico Sá), homens feios não conquistam mulher por nocaute, e sim por pontos ao final de um aguerrido embate de 12 rounds. Eu posso ser facilmente descartado antes mesmo que a bela infanta sequer note minha existência.