30 de janeiro de 2008

Medo Disso

Essa matéria eu puxei da Folha de São Paulo, ainda na esteira do mistério que envolve a morte de Heath Ledger. Não demora, não demora, e Gus Van Sant vai filmar um Últimos Dias 2, com um sujeito de nome, sei lá, Garth, fazendo o papel do australiano Ledger. Mas voltando ao assunto:

Polícia dispensa Mary-Kate Olsen de investigação sobre Ledger

(...)
A atriz se viu envolvida na morte do protagonista de "O Segredo de Brokeback Mountain" (2005) depois que a massagista de Ledger, que foi encontrado morto na terça-feira passada, telefonou três vezes para Mary-Kate do telefone celular do ator antes de acionar o serviço de emergência.
(...)

Meu palpite? Simples: as gêmeas Olsen, aquelas do olhar estranho, na verdade são representantes de uma seita no estilo de "De Olhos Bem Fechados" e certamente mataram Ledger como punição para algum desvio de conduta dentro daquele grupo social. Ou então por simplesmente ter broxado na hora do culto.

Eu tenho medo das gêmeas Olsen.

25 de janeiro de 2008

O Cúmulo Do Espírito De Porco

Eu participo de uma simulação de Nações Unidas, ou melhor, de "sistema internacional" baseada em um fórum na internet (nerd! nerd! nerd!). Em determinada ocasião estava havendo um apelo por parte do Laos, ou do cara que representava o Laos, por ajuda internacional com o objetivo de remover minas terrestres e munições de fragmentação não detonadas que restavam ainda dos tempos da Guerra do Vietnã. Até aí tudo bem: um monte de países ofereceu ajuda com o objetivo de ficar bem na fita.

Até que apareceu um sujeito que está representando a Mongólia e solta a seguinte pérola:

Perhaps Laod would like to upgrade its arsenal of landmines. Mongolia is designing
a much more effective AP landmine then convential ones, plus it remains active for
up to 50 years, even in humid conditions. Replacing the landmines you have with
more modern ones, would greatly moderinze your country.

Mais tarde, o nosso candidato a rei dos espíritos de porcos apaga a mensagem e publica o seguinte:

Ok, sorry I won't mock 3rd world countries, I couldn't resist.

Na hora, rezei para que esse sujeito NUNCA entre num corpo diplomático. Ou melhor: que nunca se torne político e ganhe poder.


23 de janeiro de 2008

Por Ela, Tudo Está Permeado

Um post recente do Rafael Galvão faz referência a uma listagem de filmes que ele considera ser os maiores já feitos, e isso aconteceu já por causa de um post do Luiz Biajoni. Na hora, eu também fiquei com vontade de dar minha opinião, a exemplo do que ocorrera de outra feita por conta de um post sobre animes da senhorita Melissa Panarello. Mas eu tive outra idéia, pensando melhor. E sobre o assunto.

A criação dos blogs, por si só, não significou exatamente muita coisa. Na minha opinião, um blog é simplesmente um antigo diário (ou log, no termo em inglês) em mídia nova. Ou seja, mais do mesmo, guardadas as devidas proporções. Dostoyevski continua a ser Dostoyevski mesmo se estiver em .pdf, e os articulistas da Veja continuam sendo ruins mesmo postando em um blog. Provavelmente isso é mais grave do que se decidissem continuar escrevendo apenas no papel.

Mas a blogoseira é algo diferente. Aqui, estamos tratando de um monte de meios de comunicação de caráter pessoal, em um maior ou menor nível, que volta e meia acabam por provocar uma reação em cadeia de postagens em seus pares. Às vezes tal fenômeno é provocado (uma "associação" de blogs combinam de fazer a tal postagem temática), às vezes é completamente espontâneo.

Em Comunicação, quando mídias começam a pautar suas notícias de acordo com as publicações ou difusões de outros semelhantes, isso se chama agenda setting, ou definição de agenda. Significa que, ainda que exista uma certa independência entre os meios, há uma busca por noticiar aquilo que a "concorrência" também está noticiando com o intuito de "não ficar pra trás" na atualização dos fatos correntes. E atualização, no universo considerado, significa lucros consideráveis.

É certo que, como dizia um professor meu da época da faculdade, blog não é jornalismo, eu não tenho compromisso nenhum com a atualidade dos fatos (e muitos de meus pares também não) e muito menos ganho para escrever ou me manter atualizado - o que ajuda a explicar a recente falta de atualizações diárias. Mas não deixa de ser interessante perceber como determinadas teorias aplicáveis à mass media também podem ser aplicados a um meio tão pequeno e íntimo quanto um blog.

Ou não tão pequeno e íntimo assim quanto a blogosfera.

20 de janeiro de 2008

Finalmente, Uma Verdade

Eu sempre desprezei e no máximo achava engraçada aquela frase "Sorte de hoje" no Orkut. Mas eis que hoje eles finalmente disseram algo que preste:

Sorte de hoje: Você tem um equipamento incomum para o sucesso, use-o corretamente

Eu nunca disse que não tinha. Nem tive planos para usá-lo de outra forma que não aquela para a qual ele foi projetado.

19 de janeiro de 2008

...Mas Não Perde A Pose

O passatempo preferido de velhos ricos - ou novos pobres - é falar com profunda nostalgia dos tempos de fausto. Por mais que consigam manter alguns bons tostões na conta bancária, nunca, para a sua infelicidade, os tais aristocratas vão se igualar em nível de verdinhas aos novos ricos. No entanto, estes não possuem a mesma finesse dos referidos detentores de títulos de nobreza, e por isso são motivo de piada. Mas o que acontece quando um nobre falido inventa de querer manter os mesmos costumes de um novo rico?

Matéria do Le Monde Diplomatique fala sobre as novas iniciativas de Sarkozy, o Collor francês, com o intuito de projetar o poder de la République da mesma forma como a dita cuja fazia antes da Primeira Guerra Mundial. A França em si nunca deixou de ter um certo nível de projeção de suas forças militares: não se pode chamar de fraco um país com um porta-aviões nuclear (um segundo em construção), pelo menos quatro submarinos com mísseis balísticos, e uma série de bases em algumas de suas antigas colônias, como o Djibuti e a República Centro-Africana. Mostrou seu hard power na hora de esmagar uma ação de rebeldes na Costa do Marfim e de certa maneira ajudou a proteger o Mali durante uma tentativa de invasão pela Líbia nos anos 80.

Mas agora parece que Sarkozy está tendo devaneios à la americana, o que na verdade não chega a ser nenhuma surpresa. Basta lembrar que ele foi eleito com uma plataforma de governo que incluía um choque de gestão no mesmo estilo do levado a cabo por Thatcher e principalmente Reagan. Sarkozy representou também uma quebra na política externa francesa para os EUA que vinha sendo adotada pela UMP desde os tempos do general De Gaulle, diria até colaboracionista o suficiente para fazer com que o narigudo que achava que não éramos sérios se retorça na sua cova.

Estou falando da iniciativa do presidente francês de instalar uma base militar permanente nos Emirados Árabes Unidos, já há algum tempo um dos principais clientes de material bélico francês na região. A tal base teria capacidade para abrigar não só tropas, mas também fornecer apoio permanente para uma força-tarefa naval francesa no Golfo Pérsico.

Os motivos são óbvios. A tal base ficaria no emirado de Abu Dhabi, pertinho do estreito de Ormuz, o único acesso do Golfo para o mar da Arábia e o Oceano Índico. De lá, ele teria uma casa de veraneio com vista para a costa iraniana. Com este movimento, Sarkozy dá um aviso militar claro para qualquer tentativa iraniana de colocar as mangas de fora - muito embora questione-se a eficácia militar desta iniciativa, vide a estratégia militar americana - e ao mesmo tempo angaria o apoio dos pequenos Estados da região, temerosos de uma aventura militar iraniana na região. Estratégia plausível, muito embora dentro de uma visão de mundo paranóica e militarista.

Mas fica a pergunta no ar: quem vai bancar a aventura? Se você responder o contribuinte francês, que possivelmente veria dinheiro que antes financiava a previdência sendo destinado à compra de fuzis, tanques, navios e caças mais bonitinhos, pode abrir o champanhe e fatiar o camembert para comemorar a sua perspicácia.

17 de janeiro de 2008

Decisão Difícil

Às vezes, acontece de sem querer a gente atrair demais a atenção de uma pessoa. Neste sentido que você está pensando sim, leitor. Acontece de, mesmo que num primeiro momento a gente até gostar da situação, depois acaba percebendo que a realidade não é tão cor-de-rosa assim. E talvez a gente até goste um pouco desse tom de cinza meio sujo que permeia ela, porque deixa eu e você mais próximos do mundo. E aprende a desejar uma vida razoável dentro dessa névoa poluída.

Hoje eu tive de cometer uma dura decisão de cortar contatos com alguém, menos por mim, mais por ela mesmo. Mais um pouco e eu sinto que a espiral descendente iria descer ainda mais. E eu não poderia mais oferecer nada a ela, pelo que eu sinto.

Não dava mais.

16 de janeiro de 2008

Do Que NÃO Se Deve Fazer

JAMAIS tente segurar um gato arisco por qualquer motivo.

A sensação que se tem é a de se estar pondo as mãos dentro de uma centrífuga de suco.

14 de janeiro de 2008

Virtude, Ou Não

Eu não peguei o gabarito deste último concurso que fiz, muito mais por uma questão de não ligar muito para o resultado. O que realmente vai decidir a minha vida vai rolar em março, e a inscrição já foi feita. Mas de qualquer jeito não pude deixar de ficar assustado com uma coisa.

Havia uma questão simples, de Economia, o que me deixou surpreso de encontrar em uma prova específica de Comunicação Social. Era realmente simples, tratava dos efeitos de um aumento de demanda sobre um produto agrícola de oferta inelástica em um determinado mercado. Era uma barbada - eu já mencionei que era ridícula - na qual obviamente o preço do produto iria subir horrores.

Mas aí me bateu uma coisa na cabeça. Ora, com uma curva de oferta tão inclinada negativamente como é o caso das inelásticas, então derivando a curva da demanda para a direita, a tendência é que o ponto de equilíbrio de mercado se desloque para baixo nos preços, não é verdade? Então eu marquei todo alegrinho e com ar professoral essa alternativa.

Huh, só que eu troquei as bolas e esqueci que a curva que é inclinada negativamente é a da demanda, não a da oferta.

"Gênio".

9 de janeiro de 2008

Não Sou Otaku!

Mas estou aguardando ansiosamente a saga do Elísio de Cavaleiros do Zodíaco (prevista para sair no Japão em março - e por tabela os otakus autênticos brasileiros devem traduzir um mês depois da exibição) e ainda baixei algumas músicas da trilha sonora.

Por sinal, as músicas "recuperação milagrosa pós-surra que Seiya levava" são um ótimo impulso moral para me levar de volta aos livros...

* * *

A postagem neste blog permanecerá intermitente durante as próximas semanas, ou pelo menos enquanto este blogueiro não tira sua permissão para dirigir.

4 de janeiro de 2008

Entre-posts

Para anunciar dois blogs novos (na verdade, um nem tão novo assim, mas enfim.):

- Um é o reativado Like Cinnamon, da senhorita Mircala Bulzing. Mircala era uma estudante de Jornalismo da Unicap que resolveu que paella era melhor que arrumadinho, e por isso hoje está lá na Espanha. Para poesia em espanhol, clique no link acima;

- O outro são As Terríveis (?) Aventuras de Dani, da senhorita Daniela Cheloni. Esta aqui é uma paulista radicada em Alagoas que terminou vindo estudar Ciências da Computação aqui em Pernambuco. Não entendeu? De início também deu um nó na minha cabeça, mas depois a gente se acostuma.

E mais tarde tem uma postagem decente (espero). Aguardem!

2 de janeiro de 2008

Reabrindo O Negócio

Voltei.

Natal e Ano Novo bem normais. Felicidade por ter revisto alguns parentes meus que eu não via já há algum tempo. Mas de resto normal.

Eu queria falar sobre isso aqui:



É um vídeo de uma musiquinha escrota que um programa inglês fez sobre o Aiatolá Khomeini. Trata-se do "Not The Nine O'Clock News", um programa de comédia da BBC que ficou no ar entre 1979 e 1982. Foi um programa revolucionário na época pelo fato de, apesar de manter a estrutura de sketches com um elenco fixo (Rowan Atkinson, Pamela Stephenson, Mel Smith e Griff Rhys Jones), já consagrada pelo Monty Python, abria a possibilidade de qualquer roteirista de comédia da Inglaterra enviar seu roteiro para a produção e ter seu sketch encenado. Normalmente, era coisa de poucos segundos a poucos minutos, em um programa de meia hora.

As piadas até hoje se mantêm hilárias, especialmente quando consideramos as ácidas tiradas políticas com os eventos da época. Ninguém escapava, de Khomeini (como descrito acima) a Margareth Thatcher e a cara-de-pau dos Tories dominantes na Inglaterra de então. Além disso, havia um ótimo humor nonsense e cotidiano, como o sujeito que é sacaneado ao tentar comprar um gramofone (na verdade, uma vitrola) ou então uma linha de montagem da finada British Leyland onde todos os trabalhadores se chamavam Bob. Um monte desses videozinhos podem ser encontrados no Youtube. Aqui no Brasil, os programas eram exibidos pelo Euro Channel.

Sem falar que eu estou viciado na melodia e na voz da cantora do vídeo acima. :P