29 de fevereiro de 2008

Inusitado.

Oras.

E não é que é uma das parcerias mais inusitadas do ano, segundo alguns blogueiros famosos? (isso porque 2008 mal começou)

Isso porque, pelo que eu entendi, um já tinha falado mal do outro por mostrar o traseiro em público, e por aí vai.

Enfim.

Coisas que só a ideologia é capaz de fazer.

* * *

Eu estava louco pra achar uma charge que o Angeli fez de si mesmo com a cabeça girando em torno de um centro. Alguém sabe qual é?

27 de fevereiro de 2008

Coisa De Doido

Hoje foi minha primeira aula prática de direção "na vera", ou seja, dirigindo no trânsito propriamente dito.

A conclusão a que eu cheguei é que, de fato, trânsito é uma coisa de louco. Especialmente quando a gente começa a pensar como motorista.

É uma condição dual: por outro lado, você fica com raiva dos ciclistas que não circulam onde deveriam, ou seja, no acostamento e no sentido inverso ao dos carros. A todo o tempo se tem a impressão de que . Por outro lado, você morre de medo dos caminhões e ônibus que circulam "senhores da estrada" próximos ao seu carro, ainda mais quando eles estão próximos a entrar na sua faixa vindos de outra rua, e isso praticamente "chutados".

Agora é possível entender porque o trânsito é uma fonte tão grande de stress: eu estou com os ombros duros, os braços e pescoço doloridos, uma sensação estranha de aperto no coração. Isso considerando que Arcoverde é uma cidadezinha de uns 70 mil habitantes. Mas talvez seja também por isso que a quantidade de perigos reais seja maior: as pessoas atravessam a rua fora das faixas de trânsito, não existem faixas suficientes, carroças e charretes andam em grande quantidade, a sinalização da via e dos carros é deficiente, buracos e acostamento em desnível são abundantes...

Se passar no Rio Branco, dirigir nos eixões perto disso deve ser fichinha.

22 de fevereiro de 2008

Atlas

Pouco mais de duas semanas até a primeira fase do Rio Branco.

Sinto como se tivesse o mundo nas costas.

* * *

Nada é o que parece. De repente o mundo dá um jeitinho de surpreender a gente.

21 de fevereiro de 2008

I'm So Tired

(The Beatles, ou melhor, só Beatles, já que foi depois da morte de Paul McCartney)

I'm so tired, I haven't slept a wink
I'm so tired, my mind is on the blink
I wonder should I get up and fix myself a drink
No,no,no.

I'm so tired I don't know what to do
I'm so tired my mind is set on you
I wonder should I call you but I know what you would do

You'd say I'm putting you on
But it's no joke, it's doing me harm
You know I can't sleep, I can't stop my brain
You know it's three weeks, I'm going insane
You know I'd give you everything I've got
for a little peace of mind

I'm so tired, I'm feeling so upset
Although I'm so tired I'll have another cigarette
And curse Sir Walter Raleigh
He was such a stupid get.

You'd say I'm putting you on
But it's no joke, it's doing me harm
You know I can't sleep, I can't stop my brain
You know it's three weeks, I'm going insane
You know I'd give you everything I've got
for a little peace of mind
I'd give you everything I've got for a little peace of mind
I'd give you everything I've got for a little peace of mind

19 de fevereiro de 2008

Uma Nova Fase (2)

O homem largou o osso.

Fidel já estava caindo pelas taperas mesmo. Fraco, doente, não tinha mais como aguentar a barra de governar um país quase sem recursos e com pressão dos norte-americanos praticamente irredutível, ainda mais considerando-se o governo neocon ora no poder por aquelas paragens. Cansa até um sujeito novo, quanto mais um velhinho na casa dos 80 anos (em tempo: não que isso signifique que eu quero criar uma imagem de "vovô Fidel").

Situações duras terminam levando a decisões duras, na verdade duríssimas. Fidel aumentou a repressão a dissidentes políticos, como se ela fosse menos branda antes, mas ainda assim compreensível (que remédio!). Caças MiG-29 derrubaram aviões civis de missionários americanos em atividade no país. Chegou-se a uma situação na qual Cuba perdeu grande parte da simpatia de muitos movimentos de esquerda ao redor do mundo, principalmente na Europa.

O irmão, o tal do Raul Castro, dizem que não é exatamente flor que se cheire no que diz respeito a direitos humanos. Mas pode iniciar uma abertura ao menos econômica no lugar, e desta forma atrair a atenção de mais gente que nós, da América Latina. O mercado consumidor não é lá essas coisas, mas a ilha possui recém-descobertos campos petrolíferos e um capital humano de dar inveja a qualquer país latino-americano.

Cuba continua sendo um país que fez este subcontinente viajar, seja em qualquer ideologia. Isso, porque foi o primeiro país do continente a provar que poderia ter um relativo grau de independência em relação aos EUA. No fundo, no fundo, isso é o objetivo de todo o espectro ideológico deste rincão do mundo.

18 de fevereiro de 2008

Uma Nova Fase













Tardou, mas comecei a escutar o álbum mais recente do Nightwish, "Dark Passion Play". É o primeiro álbum da banda após a saída de Tarja Turunen, e depois da entrada da nova vocalista, a sueca Anette Olzon. Todos os olhares estavam voltados pra coitada, não preciso nem dizer.

Duas coisas:

1) É muito provável que o Nightwish tenha ganho muito mais que perdido com a entrada de Anette. Seus vocais são maduros, confiantes, e ao mesmo tempo simples e compreensíveis para o público em geral. Depois de ouvir, tenho a impressão de que Tarja estava mesmo virando a bruxa malvada do oeste e que Anette é uma mãe cantando pra você dormir;

2) Agora, que a coitada é estranha de doer, isso é.

15 de fevereiro de 2008

Io Voglio Una Donna!

Dia desses eu estava falando com um colega meu sobre solteirice e me lembrei imediatamente de um filme francês (do qual não me recordo o nome) que falava sobre os movimentos de maio de 1968 naquele país. Obviamente também falava da liberação sexual da juventude na época, e em uma das cenas um personagem italiano, estudante de intercâmbio na Sorbonne, sobe em uma escultura existente no pátio da universidade e começa a gritar "Io voglio una donna! Io voglio una donna!", para diversão dos colegas que estão lá embaixo.

Não demora a chegar um bedel chato que pergunta o que o dito cujo estava gritando lá de cima (o bedel era francês e não entendia italiano), ao que o estudante responde:

- Eu quero uma mulher. Que há de mal nisso?

E o tal bedel começa a dar uma lição de moral mais chata do que o seu próprio caráter, lição essa que é prontamente ignorada pelo tal estudante, que sai andando junto com a sua turma rindo da situação e soltando de vez em quando um outro "io voglio una donna".

Acho que eu conheço umas duas ou três pessoas que estão chegando nessa situação.

13 de fevereiro de 2008

Fora Da Cadência



























Essa semana, Lula e o presidente francês, Nicolas Sarkozy (também conhecido como o Collor do Champs Elysées) encontraram-se na fronteira da Guiana Francesa com o Amapá. O status da Guiana Francesa é a de um departamento, ou província, daquela nação, o que faz com que ela seja uma fronteira entre a União Européia e o Mercosul. Na pauta do encontro, integração regional, ações conjuntas contra as FARC e, principalmente, a possível venda de armas e uma aliança militar entre nós e os franceses.

Mas, vem cá. Alguém reparou na roupa que o mandatário francês estava usando? E na roupa do Lula? E em como o eneadáctilo estava suando em bicas?

Gringo nos trópicos é sempre gringo nos trópicos.

7 de fevereiro de 2008

Post Tímido

Eu tinha uma idéia para um post rasgado, escancarado, em ode àquelas mulheres com as quais eu certamente me casaria, por uma série de motivos. Em sua grande maioria são minhas amigas, e cada uma tem um determinado aspecto que chama minha atenção e que me fariam passar anos, bodas de todos os materiais, junto a elas.

Mas aí eu fiquei com vergonha e decidi omitir nomes, e resguardar somente as características físicas e psicológicas.

Uma delas não merece sequer grandes citações, apesar de cada um meio que ter partido caminho, cada um pro seu lado. Mas... céus, ela é hors-concours. Hê.

Outra, tenho certeza que é a mulher dos meus sonhos. Não por idealização excessiva, mas por realmente ter aparecido em 3 sonhos meus há alguns anos atrás, e isso sem a conhecê-la. Inspiração no ápice. Hoje em dia, eu posso dizer que tenho de fato um monte de motivos para ficar da forma que eu fiquei no universo onírico. Ainda mais quando me volto para aqueles olhos claros azul-esverdeados (olhos de pietà), aquele rosto sardento e aquele jeito doce de conversar comigo. De arrancar suspiros.

Acho que a terceira é a própria reencarnação de Clarice Lispector. Tem o mesmo queixo fino, as mesmas maçãs do rosto salientes, os olhos rasgados e verdes de gata zangada. A mesma personalidade de mostrar-se e ao mesmo tempo esconder-se, já que nos 2 anos e poucos que nos conhecemos, eu ainda não consegui descobrir o que se passa na cabeça dela totalmente. É ninja em afirmar essa característica de sua personalidade, ou melhor, mestra shaolin. Mas acho que ela me proporcionaria um romance daqueles da referida ucrano-pernambucana.

A quarta, não poderia esquecer nunca dela. Verdadeira beleza de gelo, inescrutável, vigilante na defesa da muralha que criou em volta dos seus sentimentos, íntimos ou não (embora muito dessa muralha tenha caído nos últimos anos). Muito do fascínio que ela exerce está justamente nessa característica de não revelar nada sobre si. De aparência, é um clone de Nastassja Kinski, com grandes olhos clementes e que mudam de cor. O pouco que pude perceber dela confirma minhas expectativas: estou a anos-luz de distância. Nem por isso ela se torna menos atraente e encantadora, mas admiro como quem admira a beleza destruidora de pedaços de geleira se despedaçando no Ártico: de longe.

6 de fevereiro de 2008

O Preço Da Atrocidade

Hoje eu estava vendo um artigo na Wikipedia sobre um certo tipo de lançador de rojões militar que está em vias de ser fabricado sob licença aqui no Brasil pelo Exército, com alguns melhoramentos incorporados pelas divisões de ciência e pesquisa. Básico, direto da fábrica na Suécia, o equipamento custa cerca de US$ 1,4 mil.

Ou seja, pelo preço de um notebook razoável você consegue uma arma capaz de destruir qualquer tanque moderno.

Eu já sabia desses absurdos que compõem a história do mercado de armas internacional, até porque já assisti "Lord of the War", relato impressionante sobre esse submundo responsável por, entre outras coisas, as diversas chacinas africanas e a violência vista nas grandes cidades brasileiras. Mas é meio que assustador saber que uma arma tão poderosa é vendida tão barata.

Fuzis AK-47 (ou melhor, o Tipo 56, sua versão chinesa direta) são vendidos bonitinhos na caixa por cerca de 90 dólares. Se alguém quiser uma sofisticação maior, pode contar, conforme me contaram, com os mercados no Paraguai: grandes lojas lá podem te entregar um M-16, kit completo, por um preço bem inferior a US$ 1 mil.

Para quem quer realmente ver o circo pegar fogo, um tanque T-72, capaz de realizar um estrago considerável mesmo enfrentando um inimigo mais moderno, pode ser adquirido por uma pessoa mais corrupta no mercado de países do Leste Europeu ou do Oriente Médio. O preço? O equivalente a 3 Mercedes Classe S, tops de linha. Coisa pouca para grandes comandantes de guerrilhas ou coisas do gênero.

Nunca foi tão barato matar em massa. E isso é assustador.

4 de fevereiro de 2008

Associações Estranhas Na Minha Cabeça

Quem me conhece sabe da vontade que eu tenho de me mudar para Brasília, por motivos óbvios. Mas, na minha sincera opinião, Brasília é uma cidade que é capaz de proporcionar somente certos prazeres peculiares, não se trata exatamente de um lugar onde se vá com prazer. Durante certos meses do ano é extremamente seca, tudo fica longe e o serviço de transporte público é horrível, além de o custo de vida ser nas alturas.

O lugar me lembra música dos anos 80. Recapitulando um pouco da história e um pouco (realmente pouco) do que vivi nessa época, foi lá que muitas das bandas de sucesso do pop/rock nacional saíram, junto com seus nomes compostos a tiracolo. Mas quando falo que Candangograd me lembra rock dos anos 80 é de um rock deprê pós-punk, como o que o Cure e os Smiths faziam. Vai saber porquê.

Mas o fato é que, quando me imagino em Brasília, me imagino dirigindo por aquela Esplanada dos Ministérios à noite, com o rádio do carro tocando alguma coisa como "Heaven Knows I'm Miserable Now" ou então "Lullaby". E no que eu estaria pensando na hora? Acho que a mesma coisa em que todo pós-punk da época pensava à noite: na morte da bezerra.