31 de agosto de 2007

Blog Day








José Marcelo, que por sinal fez um endereço novo para seu blog, acabou de me indicar para o Blog Day, um dia no qual você deve indicar 5 blogs interessantes, do seu país e de outros. Vamos começar?

1. O Hermenauta: de um querido amigo, ele dispensa muitos comentários. É excelente em economia, política, sociedade, e Scarlett Johansson;

2. indexed: feito por Jessica Hagy. Para aqueles que sempre questionavam a aplicabilidade da matemática na expressão de sentimentos, a moça é certeira quanto uma coordenada cartesiana em 3 eixos;

3. Unilateralismo Universal: da autoria do sr. Jerônimo Barbosa. Uma viagem aos mais íntimos recônditos de um estudante de Ciência da Computação (sem trocadilhos, por favor);

4. Pelo Avesso: Sabe aqueles dias de fossa e dor de cotovelo nos quais você não se aguenta, mas quer expressar o que sente ainda assim? Joana Paula pode lhe ajudar, especialmente se for mulher. Mas se for homem, vale a pena descobri a mulher que existe dentro de você (com trocadilho, por favor);

5. Melissa Panarello: perché ti fà bene! Sexo, política e irreverência, por sinal 3 assuntos que nunca estão completamente dissociados, né verdade?

30 de agosto de 2007

Exposição Patrocinada























Mayra Dias Gomes, filha do finado escritor normalmente conhecido pelo sobrenome, lançou-se ao mercado editorial com romance que fala de sua vida desde a morte do pai, em 1999, quando tinha 11 anos, até os dias de hoje. Nesse entrevero, a moça experimentou uma vida digna da frase de efeito "sexo, drogas e rock'n'roll" e traduziu tudo em páginas impressas.

Está na cara que o sobrenome famoso ajudou e muito na hora de arranjar um editor disposto a bancar a idéia de publicação, embora seu nome também tenha sido alavancado pelo ensaio que fez para a revista VIP (Duvida? Então dá uma sacada, cara pálida). Mas Mayra também foi ajudada pelo fenômeno dos romances de alcova, muito populares na Europa já há algum tempo, mas que só ficaram mais conhecidos por estas paragens depois de Bruna Surfistinha. A questão é que tudo indica que, como Raquel/Bruna, a moça não vai passar de um livro de contos eróticos e um ensaio valorizando seus aspectos físicos. Vá lá, ela tem, mas não é o tipo de coisa que impressiona mais, especialmente depois disso. Ou dela, acima retratada.

Ok, Melissa P. (Panarello, já que a criatura é da minha idade e não precisa mais omitir o sobrenome) ficou extremamente batida depois das "100 Escovadas..." e do livro mais recente dela, "O Odor de Sua Respiração" (tradução livre). Ela fez o que se esperava depois de lançar uma história escabrosa a público, mostrando coragem. Um pouco de voyerismo às avessas, mas vá lá. Mas ela foi adiante e escreveu "Em Nome do Amor". Para usar uma figura de linguagem, Melissa pegou um Alfasud desmontado e enferrujado, colocou de alguma forma dentro de uma luva de couro, e meteu na cara de Camilo Ruini, cardeal que disputava o papado de perto com Ratzinger. Ruini aparentemente é conhecido por fazer ingerências na política e, pasme, na moral privada do povo italiano. Acho que são saudades da época em que a Igreja tinha seus feudos.

Não é só isso. Melissa também é militante política. Em seus 13 anos, Melissa era conhecido por uma alcunha semelhante a "Louca Vermelha", ou algo assim, por militar em um partido comunista na época de colégio. Acho que na época eu pensava em no máximo ameaças veladas às irmãs lá do Imaculada Conceição de fazer um grêmio estudantil ou publicar um jornal clandestino. Hoje em dia ela é ligada a um dos partidos que fazem parte do atual governo italiano, acho que a Rifondazione ou os Democratici di Sinistra. Além disso, ela mantinha um blog ótimo em sua página pessoal. Meu italiano é uma porcaria, mas normalmente quem sabe francês e junta com o português acaba compreendendo. E rindo um bocado. Mas o blog acabou, em parte por causa do medo dela de ficar sendo observada pela CIA. Vai entender.

* * *

P.S.: Eu achava que ela tinha terminado de vez o blog, mas não! Felizmente, tia Melissa somente mudou de bandeira e agora está na Wordpress. Quem for corajoso de ler em italiano, dê uma passada lá.

29 de agosto de 2007

Cara-de-Pau É Elogio

Aos píncaros da escrotidão (sic) humana, Oscar Maroni Filho:

Preso, dono do Bahamas pede asilo

O empresário Oscar Maroni Filho, proprietário da boate Bahamas, em São Paulo, decidiu pedir asilo em outro país sob alegação de que é vítima de "perseguição política", revela a colunista Mônica Bergamo na edição desta quarta-feira da Folha. Para ler a íntegra da coluna, clique aqui (exclusivo para assinantes da Folha ou do UOL).

"De acordo com o advogado Daniel Majzoub, a solicitação está sendo encaminhada a quatro embaixadas, de Holanda, Suécia, Canadá e Dinamarca", afirma Bergamo.

Aqui.

* * *

Então tá beleza. Abro um puteiro, a polícia fecha por irregularidades, vou pra cadeira por prática de rufianismo (!) e de quebra peço asilo político nos países com melhor IDH do mundo? Assim é bom demais.

* * *

O tal do Maroni não é bobo. Um mínimo de conhecimento de "casas de massagem" (ahem) sabe que a preferência desses lugares é justamente por loiras do olho claro, altas e com pernas belíssimas. Coisa não muito difícil de achar em pelo menos 3 dos 4 países citados.

Quer continuar o negócio fora, isso sim. Embora pelo menos na Suécia a prática de exploração comercial de sexo tem penas pesadíssimas previstas em lei. Curiosamente, e embora eu não deixe de achar certo nesses casos, não há punição nenhuma para quem atende em casa, por conta própria. Afinal de contas, os meios de produção estão nas mãos do proletariado, né?

* * *

Agora me digam. Será que a Anistia Internacional vai adotar o moço como prisioneiro de consciência?

25 de agosto de 2007

Dentro de Uma Mente Inescrutável

Mentes inescrutáveis, ausência de sentimentos à flor da pele. Beleza de Gelo.

"Montanhas;
Pesadas são as montanhas,
Algo que muda com o tempo.
Céu.
Céu azul.
Algo visível, algo invisível.
Sol.
Algo único.
Água.
Algo agradável.
Flores.
Muitas delas semelhantes,
muitas delas inúteis.
Céu.
Vermelho, céu vermelho.
Cor vermelha.
Cor vermelha que odeio.
Fluxo.
Sangue.
O cheiro de sangue.
Uma mulher que não sangra.
Feitos do solo vermelho são os humanos.
Feitos por Homem e Mulher são os humanos.
Cidade.
Algo feito por humanos.
O que são os humanos?
Algo feito por Deus.
Humanos são feitos por humanos.
O que eu possuo são minha vida e minha mente.
O recipiente de uma mente.
O trono da alma.

O que é isto?
Essa sou eu.
Quem sou eu?
O que sou eu?
O que sou eu?
O que sou eu?
O que sou eu?

Eu sou eu mesma.
Este objeto sou eu,
A imagem que forma de mim mesma.
Esta é o eu que se faz visível,
Embora eu sinta como se não fosse.
Sensação estranha.
Como se meu corpo estivesse derretendo.
Não consigo me ver.
Minha imagem desapareceu."

(Adaptado de Hideaki Anno, "O Poema de Rei Ayanami", Neon Genesis Evangelion)

24 de agosto de 2007

Plunct, Plaft, Zum!

Quem viu as notícias, e principalmente quem viu quantos e quais foram absolvidos, já sabe.

Não vai a lugar nenhum (pelo menos até o indiciamento das outras denúncias).

* * *

Em compensação, parece que esse, se não tomar cuidado, vai. Para a terceirona.

23 de agosto de 2007

O Julgamento

Pro pessoal do P-SOL e PSTU egressos dos quadros petistas, os últimos dias têm o mesmo valor que a execução do Açougueiro de Bagdá tem para os americanos: 40 (sem piadas, por favor) envolvidos no escândalo do mensalão começaram a ser julgados ontem no STF, tendo como relator o Ministro Joaquim Barbosa, e provas apresentadas pela Procuradoria Geral da República. O maior motivo de júbilo pra quem saiu do PT soltando fumaça pelas ventas é o fato de muita gente do chamado Campo Majoritário - mas que também poderiam levar a peja de PCUS depois de Stálin - estar no banco dos réus. José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, e outro tanto, bem como o publicitário ex-careca (a experiência com o sr. Valério e com Duda Mendonça ensinou coisas importantes, como nunca confiar no publicitário careca) e outros tantos de partidecos, estão todos lá.

Ao mesmo tempo em que escrevo essas pobres e mal traçadas linhas, uma ofensiva digna de contra-revolução está ocorrendo dentro da estrela: um grupo liderado principalmente pelo atual Ministro da Justiça, Tarso Genro, tenta estabelecer uma hegemonia aos trancos e barrancos, tendo como tribuna principal os congressos do partido. O objetivo me parece ser conquistar uma parcela significativa das lideranças das outras correntes, num processo que, pessoalmente, acho análogo ao que Gramsci idealizou. Isto provaria que o jornalista italiano, corcunda e chato pra cacete continua atual em sua visão de realidade e de intelectuais com poder de influenciar a sociedade como um todo. Só que, neste caso, suas idéias estão aplicadas em um universo muito mais micro que macro, algo que muito provavelmente não passava por sua cabeça.

É esperar pra ver.

22 de agosto de 2007

Agora, Falando Sério














Ontem eu me referi ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha como algo que deveria ser classificado mais como uma organização não-governamental do que um ente soberano de direito internacional, ainda que não tenha soberania sobre um território. Sem querer, e por preguiça de pesquisar, não atentei para o verdadeiro papel desta verdadeira obra de entrega individual que lança um apelo a todos os países.

A organização foi criada em meio à Guerra Franco-Austríaca, isso em meados do século XIX. Um empresário suíço de língua francesa, Henry Dunant, iria discutir com o então imperador Napoleão III as dificuldades de suas empresas realizarem negócios na Argélia, colônia francesa desde 1832. Mas acabou assistindo à Batalha de Solferino, onde 40 mil franceses, austríacos e sardo-piemonteses perderam suas vidas. Voltou para casa chocado e decidiu que tinha de por um fim a todo esse sofrimento. Surgiu assim a base do que viria a constituir-se mais tarde como o CICV e a Federação Internacional das Cruzes e Crescentes Vermelhos.

Nominalmente, membros da organização precisam ser necessariamente cidadãos suíços ou expatriados, o que permitiu que muitos destes emigrassem para o país. São cerca de 800 pessoas trabalhando na sede do comitê, em Genebra, mais 1200 trabalhando em campo. Somados a estes estão 13 mil trabalhadores contratados em diversas áreas de atuação do mundo. O serviço é sustentado por um orçamento anual médio de 900 milhões de dólares, mas quem quiser trabalhar lá precisa saber (por iniciativa do próprio comitê) que o trabalho é duro e necessita que o postulante abra mão de muito de seu conforto, estabilidade e segurança.

Além da Cruz e do Crescente Vermelho (criado por iniciativa do Império Otomano por achar que a Cruz poderia converter quem trabalhasse na associação local), existem símbolos adicionais em determinados países. É o que acontece com a Estrela de Davi Vermelha, usada em Israel, e o Leão-e-Sol Vermelho, usado no Irã pré-revolução. Para dar uma maior unificação ao movimento, uma conferência foi realizada em Genebra, em 2005, e terminou-se por adotar um símbolo neutro, conhecido como Cristal Vermelho, que adorna este post.

Atualmente, existem cerca de 185 federações internacionais de Cruzes, Crescentes e outros símbolos ao redor do mundo. Este tipo de organização, bem como a Caritas Cristã e a CARE, sempre precisam de doação de material, alimentos, remédios e dinheiro, mas principalmente de cooperação e voluntarismo. É uma chance de fazer algo com mais contato com quem realmente precisa.

21 de agosto de 2007

Ando Meio Desligado...

Já se sentiu meio fora do lugar no mundo, em algum momento de sua vida? Imagina então quem viveu uma das muitas situações bizarras proporcionadas pelas mudanças de fronteira e extinção de Estados nacionais ocorridas no século XX? Expatriado era a coisa que mais tinha na Europa do entre-guerras e nos primeiros anos do pós-Segunda Guerra Mundial: gente que, um belo dia, descobriu que o país no qual vivia não existia mais, que era "rejeitado" pela instituição que havia se estabelecido no lugar, e que dificilmente um outro país o acolheria por já ter problemas suficientes com os próprios nacionais, normalmente em situação de penúria naquela época. H. M. Stimmel, escritor alemão que é um dos melhores cronistas da Alemanha na Guerra Fria, materializa esta situação na figura da bela e sofrida Mitzi Szapek, do livro "Pátria Amada", que roda meia Europa até ser acolhida por um checkpoint americano no Muro de Berlim.

A situação dos apátridas ganhou guarida principalmente durante a década de 60. O Brasil tem até mesmo um passaporte especial - amarelo, diferente do azul que é usado pelos brasileiros que saem do país por motivos não-oficiais - para aqueles que não possuem nacionalidade mas que entram no país. Mas, alguém por acaso já ouviu falar de uma determinada organização exercer soberania sem ter povo ou território?

É o que acontecia com a Igreja Católica após a unificação da Itália, quando a casa de Savóia ocupou pela força os estados papais no centro da bota. Mas a situação deles se resolveu com um conchavozinho que fizeram em 1929, com Mussolini, que deu um bairro de Roma a eles para criar o Estado do Vaticano, hoje soberano como qualquer outro. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha também é analisado de maneira semelhante, mas lembra muito mais uma organização internacional que um ente soberano. Em situação análoga, hoje, só a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários de Malta, Rodes e São João de Jerusalém.

Ué, mas eles não tinham acabado na época das Cruzadas? A existência dos mesmos como soberanos de um território resistiu até cerca do século XVIII, quando o último bastião deles caiu sob a mão de ferro de Napoleão. Malta mais tarde tornaria-se uma colônia inglesa e importante posto de abastecimento para a marinha de Sua Majestade, muito ativa durante o século de imperialismo no qual o sol nunca se punha no império britânico. Mas continuaram a comportar-se como se fossem uma instituição soberana, elegendo líderes, oferecendo comendas e, o que é mais decisivo, estabelecendo relações diplomáticas com diversos países - o Brasil incluso...

Nada mal para os resquícios de uma ordem cruzada, hã?

20 de agosto de 2007

Ele Sabe das Coisas...

Xico Sá é um sujeito importante na história do jornalismo nacional. É desafiador e está pouco se lixando se vai magoar alguém ou não. Mas, principalmente, Xico é cronista de mão cheia. E produziu esta pérola abaixo transcrita:

"COMO ELIMINAR UM AMANTE
Por Xico Sá

O leitor aflito me escreve. Quer ajuda, conselhos, alguma filosofia de consolação, ombro, ouvidos... Invoco a Miss Corações Solitários que costuma fazer morada nesta pobre caveira envelhecida em barris de bálsamo.

Não posso deixá-lo a mascar o jiló do abandono. Está desconsolado, como o Sizenando de Rubem Braga, que viu a amada cair nos braços de um playboy. Um idiota que não sabia sequer uma palavra de esperanto.

A vida é triste, Sizenando, como soprou-lhe o cronista.

Com Amaro, chamemos assim o nosso ensaio de Bentinho, não foi diferente.

Quis o destino parafusar-lhe objetos pontiagudos à testa.

Sim, ela tem um amante. Daqueles amantes que se encontram à tarde, num intervalo qualquer, no recreio da vida chata.

Nem foi preciso contratar o detive particular, conta-me o nosso Amaro. Ele mesmo fez as vezes de cão farejador de sua própria desgraça.

Que fazer?, indaga, num email no qual até a arroba bóia em poças de lágrimas.

Mato o desgraçado?

Tiro a vida da desalmada?

Vou-me embora pra Tegucigalpa?

Salto mortal da ponte Buarque de Macedo?

Um trágico, esse rapaz. Como os de antigamente. Amaro é do tempo em que os homens coravam. Ainda tenho vergonha na cara, envaidece-se o próprio.

Sossega, Amaro.

O melhor que fazes, respondi ao marido em fúria, é sumir por uns dias, inventar uma viagem, e dar todo tempo do mundo ao infeliz desse amante.

Banalizar o amante, meu caro e bom Amaro.

Entendeste?

Deixar que eles durmam e acordem juntos. Que tenham seus problemas, que percam o luxo dos encontros fortuitos e vespertinos, que se esbaldem e gastem toda a luxúria.

É necessário deixar a Bovary sentir o bafo matinal da rotina.

A vida dos amantes dura porque eles só vivem as surpresas e valorizam cada minuto do relógio que põem sobre a cabeceira daquele motel barato.

Nada mais cruel para o amante da tua mulher que presenteá-lo com o pão-com-manteiga do dia-a-dia, aquele que sempre cai com o lado da manteiga para baixo. A rotina é o cavalo de tróia do amor, Amaro, solta-lhe as rédeas.

Amaro, nada de violência ou besteiras desse naipe.

Ao amante, todas as chances do mundo. Ao amante aquela D.R., a famosa discussão de relação, em plena TPM.

Um amante nunca sabe o que venha ser uma mulher sob o domínio da TPM. Ela faz questão de reservar todos os direitos desse ciclo ao pobre marido.

Ao amante, Amaro, a tapioca fria e sem recheio da rotina do calendário.

Ao amante, Amaro, a falta de assunto.

Ao amante, os cabelos revoltos da mulher, naqueles dias em que nem mesmo ela se agüenta ou encara o espelho. Naqueles dias em que os cabelos brigam com as leis do cosmo e não há pente ou diabo que dê jeito.

Some, Amaro, deixa que o suplente assuma ou seja forçado a assumir a titularidade. Depois me conta, Amaro!"


Sensacional.

17 de agosto de 2007

The Day After

Menos de 2 mil pessoas na Praça da Sé, segundo contagens da PM paulista.

Menos paciência com o único "dissidente de esquerda" que, contando apenas com a garganta, conseguiu incomodar a "poderosa" manifestação (5 mil na cabeça do D'Urso, presidente da OAB-SP).

Menos um aliado, já que finalmente as famílias das vítimas perceberam que estavam sendo usadas como massa de manobra para quem não quer largar o osso do poder no país.

Menos credibilidade no Nordeste para uma das maiores empresas do mundo, que, na gestão anterior para a América Latina, de um pernambucano do município da Pedra, tinha uma das imagens mais positivas na região.

* * *

São ESSES que querem derrubar Lula, é?

16 de agosto de 2007

É Amanhã!

O pessoal do movimento "Cansei" apresenta amanhã sua opus maxima às 13 horas, na praça da Sé, em São Paulo. O evento vai ser aberto a todo mundo (pelo menos a todo mundo que ganhe de 15 salários mínimos pra cima, tenha nascido abaixo da fronteira de SP com MG e/ou tenha uma linhagem nobre comprovada até a fundação de qualquer Estado nacional da Europa Ocidental) e vai contar com o minuto de silêncio de praxe.

Alguns conhecidos meus de Sampa me disseram que este vai ser o minuto de silêncio mais barulhento da História paulistana.

* * *

Falando nisso, viram a imagem que adorna o header do blog dos cansadinhos? A muito custo consegui perceber que eram Hebe Camargo, Ivete Sangalo, Regina "tenho medo" Duarte e Ana Maria Braga. Se ao menos a produção do estúdio publicitário tirasse aquelas máscaras de batalha de caçadores de cabeça da Nova Guiné...

(Hã, elas estão sem máscara?)

15 de agosto de 2007

Pastiche

Vejam bem, eu disse pastiche, não pistache. A palavra estranha, de origem francesa, refere-se a uma obra artística que imita o estilo de um outro autor, geralmente consagrado (cortesia do Larousse de Poche, édition 2006). Resumindo, pastiche é uma cópia, que pode ser barata ou não, de um original, que pode ser genial. Ou não.

Pastiches são minhas nêmesis culturais, principalmente quando se quer dar uma mostra de provincianismo bobo e falta de reconhecimento do que se produz por estas plagas. É o que motiva aquele sentimento da classe média "Miami-like" que nos proporciona espetáculos como, digamos, férias na Disneyworld na excursão da CVC, estátua da Liberdade em shopping carioca (nisso estou junto com seu Ariano Suassuna) e... huh... movimento "Cansei"?

Mas, aproveitando o inverno daqui, me impressiona o hype que se faz, ou pelo menos se fazia, na comparação de Garanhuns e Gravatá com a Suíça. Pombas, qual o problema em se fazer uma estância climática com características locais? Não que isso não ocorra, mas acho meio deslocado fazer uma construção de taipa européia no meio da cidade quando, por exemplo, ao redor existem prédios históricos datando do final do século XIX e início do século XX e que, quando restaurados, ficam muito bonitos e dizem mais sobre a consciência coletiva dos seus habitantes que a réplica de uma praça de Munique. Em Garanhuns, muito do que a cidade realmente é está preservado, como magníficas casas e prédios públicos do período referido, parques, praças repletas de árvores e a sensação de aconchego que normalmente só se sente na casa da avó (e vivas aos cobertores feitos de saco de açúcar!).

Já o pastiche foi responsável por aquilo que na minha opinião é um dos maiores crimes ambientais já perpetrados no Estado de Pernambuco, motivado também pela especulação imobiliária, em Gravatá: centenas de hectares de mata de altitude nativa desmatada para dar lugar a condomínios de luxo para dar a, em grande medida recifenses, a sensação da realidade sem a realidade propriamente dita: vida de fazenda em casas com mais comodidades que uma casa comum em, digamos, Casa Amarela ou Iputinga. Vive-se no campo, mas sem o fedor de bosta e as moscas do curral. Além disso, minas naturais de água perderam aquilo que servia como acumulador de águas pluviais com a abertura destes campos onde, geralmente, não se cria uma única cabeça de gado sequer.

No entanto, nada me admira mais que as construções de Triunfo. Neste caso, não houve intenção proposital de construir um estilo "europeu-fake", mas a influência trazida pelos industriais ingleses misturou-se com as construções pré-existentes ainda do período colonial português. Ou seja, o processo ocorreu sem forçação de barra. O resultado? Igrejas e construções neo-góticas dividem espaço com o rococó e neoclássico de casarões antigos, enquanto que as cercas baixas de pedra, que volta e meia você pode encontrar em outras partes do Nordeste, fazem com que você se sinta em, digamos, Bretanha francesa, Devonshire inglês, Galiza hispano-portuguesa ou Donegal irlandês. E, de quebra, ainda combinam com os raros engenhos de cana-de-açúcar de altitude (pequenas propriedades com menos de 200 hectares nas encostas de serra), cuja cachaça acompanha com perfeição o almoço de carne de bode assada na brasa, jerimum cozido e arroz roxo com leite.

(e não, ninguém me pagou pra escrever isso)

14 de agosto de 2007

Maria, Maria, é um Dom, uma Certa Magia...

Em entrevista recente concedida ao tablóide britânico (aquela classe de empresas que vive da manutenção da monarquia no Reino Unido) "News of The World", a "roqueira" Avril Lavigne fala sobre sua vida pós-casamento. Ela cometeu o que eu chamaria de disparate (mais ainda considerando alguns amigos meus apaixonados por ela) de ir para o altar aos 20 anos de idade. Se bem que, com a grana que ela levou do mercado fonográfico americano... sim, mas voltando ao assunto, Avril falou de detalhes de sua vida depois de juntar os trapos, ainda que mantenha velhos hábitos como, hã, ficar pelada quando toma porres. Conveniente, não?

Mas o que mais me chamou a atenção foi o fato de Avril se dizer uma dona de casa exemplar. Rainha do lar mesmo, com toda aquela atitude de "roqueira" nü-metal. Segundo afirmação da própria, "Sou uma deusa doméstica, conserto coisas quebradas como lâmpadas, coloco quadros e cozinho".

Avril ter afirmado publicamente que é a esposa que todo marmanjo vagabundo pediu a Deus me lembrou uma conversa que eu estava tendo com minha mãe hoje. Ela chegou indignada da padaria com o fato de uma das ajudantes recém-contratadas não saber partir uma galinha para assar. E mostrando os primeiros sinais de que a idade está chegando, que é quando alguém diz, a sério: "No meu tempo era diferente...". E, de fato, minha mãe e minha avó são os últimos gritos de uma época na qual a sociedade nordestina era, sob certos aspectos, patriarcal e matriarcal ao mesmo tempo. Onde mulheres tinham de saber secar feijão e milho, matar as ditas galinhas, e em alguns casos até mesmo empunhar uma arma com maestria.

Mas, vejam como o destino é irônico. Vivendo nas árduas condições do interior do Nordeste (pelo menos eram assim, antes da invenção do açougueiro da bandejinha de isopor), alguém não sabe preparar um corte de carne para fazer recheio para um empadão. E, num Canadá e Estados Unidos onde basta erguer o braço para cair um double cheeseburguer com fritas e uma Coca grande nas suas mãos, eis que surge Avril, cada dia mais comportada e mais pop, dizendo ser acostumada a fazer serviços domésticos e pilotar fogão.

Oh, admirável mundo novo...

13 de agosto de 2007

Indicação









Este blog foi indicado para a lista do Blog com Tomates, que, se bem entendi, serve de marcador para blogs que promovem os direitos humanos. Mimo proporcionado pelo sr. Hermenauta.

Segundo a regra, é preciso indicar mais 5 blogs que também sirvam de referência para a área. Tarefa difícil pra mim, já que os maiores defensores de direitos humanos que eu conheço não possuem blogs. Mas vou indicar de acordo com o que eu conheço da personalidade de cada um.

1) Sabedorias de Bolso (Camila Louise)
2) Rafael Galvão
3) Samba do Avião (Tiago de Thuin)
4) Os Conspiradores (autores diversos)
5) O Monstro e Belinda (Mariana Nepomuceno)

11 de agosto de 2007

Classe Média

(porque só se vive uma vez, e, sinceramente, a faixa de
classe média abaixo classificada anda merecendo)


"Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio "coletivos"
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote cvc tri-anual
Mais eu "to nem ai"
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não "to nem aqui"
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelo, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em moema
O assassinato é no "jardins"
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não "to nem ai"
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não "to nem aqui"
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida"

Autoria de Max Gonzaga.
Vídeo da exibição da música no Festival Cultura aqui.

10 de agosto de 2007

O Futebol é o Quê, Mesmo?

Tá rolando o maior barraco no blog da Copa Paulo Francis. O nome escroto e o motivo de minha preocupação com ela eu explico:

Em 2003, acho que lá pelo meu segundo período na faculdade, nós e o povo do então quarto período (como só existe uma entrada por habilitação de Comunicação Social na UFPE, então só existem períodos pares ou ímpares para cada curso por semestre) resolvemos colocar à frente idéias antigas do pessoal do curso referentes a um campeonato de futebol. Tudo começou com uns joguinhos amistosos para saber se valia a pena, que foram um sucesso. E então começou a organização para iniciar aquela que seria a copa dos estudantes de Jornalismo.

Mas que nome colocar? Era preciso algo de impacto, com alguém que contribuiu substancialmente para o jornalismo, e se fosse esportivo, melhor ainda. Surgiram propostas como Nelson Rodrigues, Juca Kfouri, até mesmo Jorge Kajuru. Aí o povo do então sexto (e, na primeira edição da Copa, sétimo período), uma tucanada de mão - e bico - cheios, bateram o pé e fizeram beicinho pra batizar de Paulo Francis ou Carlos Lacerda. Que remédio - precisávamos deles pra fazer o campeonato - então escolhemos o menos ruinzinho, que era Paulo Francis. Estava feito o batizado, e a bola rolou.

A polêmica sobre regras acompanhou o campeonato desde o início, por causa de um aluno desblocado que queria jogar pela turma onde estava. Inventaram de criar um estatuto e um comitê gestor da copa que, nos anos subsequentes, veio a se tornar - na minha opinião e do pessoal da minha turma - na nêmesis do espírito esportivo. Afinal de contas, eu estava pouco me lixando sobre datas, horários, tabelas, etc. desde que nós jogássemos bola pelo simples fato de jogar bola. Os três pontos na tabela eram mera consequência. Mas, como sabemos, a criação de um posto de poder faz com que o desejo de cristalização se materialize na cabeça, especialmente aqueles de um grupo dirigente que não larga o osso por nada neste mundo.

Foram pelo menos uns 3 campeonatos, contando o desse ano, que rolou polêmica. No caso de 2007, nós, que nos formamos em novembro do ano passado, participamos como time convidado a pedido da maioria dos nossos adversários, contra quem sempre tivemos o maior respeito e jogamos de maneira limpa. O problema é que tem um certo cartola que quer porque quer ganhar a taça de qualquer jeito, nem que para isso sujeite o próprio time (onde eu tenho muitos amigos) a ser chamado de "café-com-leite". Esperneou na hora que aprovaram a entrada de nosso time como convidado no campeonato desse ano, e esperneou ao ver que, pouco antes da rodada final, nós tínhamos chances reais de vencer a dita cuja. Resultado, uma cômoda mudança de horário para fazer com que o time do pessoal da minha turma não tivesse condições de jogar com o time completo. E, por consequência, perder por W.O.

O futebol é um esporte maravilhoso. Mas, ao contrário do que pensam certos juízes de certos estados, a maior praga do referido jogo não é a viadagem. É, sim, a sede de poder que pode fazer tudo, impedindo inclusive o fair play. Sede de poder, inclusive, que pode se mascarar em um discurso rebuscado e cheio de intenções escondidas. Sede de poder que me fez ficar farto, desabafar e até mesmo "olavar", no sentido de mandar alguém, literalmente, tomar no centro da caçapa do olho do cú.

8 de agosto de 2007

Deus Ex Machina

Esta expressão latina significa, literalmente, "Deus saído de uma máquina". Ela designa um recurso muito utilizado no teatro grego, no qual em certos momentos de uma peça de teatro um ator vestido de deus grego desceria de uma gaiola na ponta de uma espécie de guindaste primitivo para oferecer um destino até então inimaginado para o roteiro, pelo menos com os elementos dados até então. Normalmente recorrem a objetos ou pessoas fantásticas ou improváveis dentro daquele universo.

São poucos os autores de obras literárias, peças de teatro e filmes que utilizam este recurso, quer por olhar como algo "brega e demodé" ou por não saber exatamente como incluir o tal recurso em sua obra, mesmo quando o roteiro permite (ou, mais freqëntemente, nos dois casos). E a "teledramaturgia brasileira" (leia-se novelas da Grôbo) raramente coloca algo assim, pelo que percebi neste período do limbo de minha vida.

De minha parte eu não estou nem aí. Mas minha mãe reclama tanto das personagens (tomada pela catarse que acomete muitas noveleiras) e principalmente dos vilões que eu sugeri algumas alterações no enredo de certas "obradas":

- Mocinha da novela das oito é presa contra a vontade em uma "clínica", na verdade um verdadeiro gulag carioca: Simples. O par rômantico dela é rico, né? Contrata uns mercenários vestidos com estilosas roupas camufladas de preto e cinza e submetralhadoras pra invadir o local, no melhor estilo "Rambo" ou "Duro de Matar";

- Bruxa da novela das seis hipnotiza ingênua enfermeira para que esta veja seu rosto sempre deformado: Minha inspiração desta vez vem de meu anime preferido, "Cavaleiros do Zodíaco". Neste anime, o cavaleiro de ouro mais forte, Shaka de Virgem, derrota seus inimigos expondo-os ao ridículo de suas próprias ações frente à eternidade e ao desconhecimento da transitoriedade das coisas, uma vez que o mesmo é budista e considerado o homem mais próximo da iluminação. Desta forma, meu Deus ex machina desta situação seria um lama budista que, ao perceber as tentativas de maquinação da vilã, sorri com um sorriso amarelo (porém franco), mantém a expressão de meditação e diz, calmamente: "seus sortilégios nada mais são do que um pulo de um macaco na palma da mão de Buda...".

- Patricinha loira engana mocinha morena para ficar com o namorado da última: Curto e grosso - ponho as duas pra brigar no gel e quem vencer leva o zé-mané.

Não preciso nem dizer que minha mãe não gostou nada das versões. Minha resposta pra ela foi fácil e rápida: primeiro, deixe de reclamar com personagens que só existem no plano das idéias; segundo, a novela é tão ruim que até mesmo um absurdo desses poderia dar uma melhoradinha...

7 de agosto de 2007

Publicitários e Suas Agruras

Segundo Luís Fernando Veríssimo, quando um publicitário consegue fazer uma campanha que estabelece padrões na sua área, em todo o mundo, e vira referência da cultura de massa, ele não consegue fazer mais nada. Passa os dias com um sorriso bobo no rosto, um olhar aparentemente ausente e balbuciando o slogan que criou.

Vai saber. O fato é que, na ânsia de chegar a esta espécie de nirvana da indústria cultural, muitos destes (ahem) profissionais da Comunicação Social acabam produzindo as famosas "pérolas" da área. De uma maneira, digamos, análoga ao que acontece com títulos "maravilhosos" do jornalismo ("Anão vestido de palhaço mata oito na Croácia" é um deles), existem campanhas que fariam melhor em permanecer nas mentes doentias dos seus criadores. Tá, como se a mente de um publicitário já não fosse doentia o suficiente...

O site Desencannes (lógico, uma piadinha pronta como essa só poderia ser fruto da mente de um publicitário) é o principal acervo brasileiro das cag... quer dizer, "pérolas" da publicidade. Editaram recentemente um livro. Fato é que me garantiu umas boas risadas com a "criatividade" destes indivíduos, fruto de muitas piadas por parte de outras habilitações da Comunicação Social ("Seus vendidos!" etc.).

3 de agosto de 2007

Rezando pra Franco, Parte II

Juiz arquiva queixa de Richarlyson e diz que futebol é "viril"

A queixa apresentada pelo volante são-paulino Richarlyson contra o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Jr., que insinuou que o atleta é homossexual, foi arquivada pelo juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho, segundo reportagem da Folha Online nesta sexta-feira. (...)

No documento em que relaciona os motivos para o arquivamento do caso, Junqueira Filho classifica o futebol como "jogo viril, varonil, não homossexual" e sugere que um atleta gay deve abandonar a carreira ou montar um novo time e criar uma federação própria para continuar atuando.

Aqui, com íntegra da decisão judicial aqui.

* * *

Ora, vejam só. No futebol são famosas as histórias de jogadores gays, alguns até mesmo ídolos de torcidas. Mas esse provavelmente é o primeiro caso de juiz que sai do armário em decisão de primeira instância. Onde esse mundo vai parar, hein?

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O juiz argumentou que o futebol é um esporte "viril, varonil". Só se esqueceu de lembrar que, nos EUA, o futebol feminino é mil vezes mais forte que o masculino. Falando nisso, jogadores mais "viris e varonis" por lá costumam ir para o futebol americano, o basquete, o beisebol, o hóquei, restando para os sissies por excelência, o nobre esporte bretão.

* * *

São Paulo está na vanguarda do país em relação a muitos aspectos, trilhando, eu diria, o mesmo caminho de muitos países europeus. Os movimentos e greves trabalhistas organizadas, por lá, começaram bem antes do resto do Brasil.

Parece que o fascismo também vai chegar antes.

2 de agosto de 2007

Disso, Ninguém Cansa

Aqui:

Acidente de trem mata 100 e fere 200 na República Popular do Congo

Subiu para cerca de cem o número de vítimas após um acidente de trem na noite passada em uma área remota na República Popular do Congo, informou nesta quinta-feira o governo do país africano.

"Ainda estamos resgatando os corpos. Então, neste momento, estamos estimando o número de mortos em cerca de cem", disse o porta-voz do governo, Toussaint Tshilombo, acrescentando que a causa do acidente ainda é desconhecida.


Interessante como seria ver a reação de nossa "elite cansada" quanto a isso. Pago dez reais a cada real apostado como, se fosse por aqui, a imprensa já teria a causa do acidente na ponta da língua: Lula pessoalmente dinamitando os trilhos.

Certos pastores também já fizeram a associação perfeita: se tudo o que acontece de ruim na vida de uma pessoa é encosto, então Lula é um Exu dos bons.

1 de agosto de 2007

Nota Rápida Sobre o Inverno

Acabo de chegar de uma viagem-relâmpago não planejada a Garanhuns. A cidade estava linda. E, para aqueles que não acreditam que possa existir um inverno decente por estas paragens, alguns dados sobre temperatura: 20 graus no termômetro do centro da cidade.

Sensação térmica: 14 graus.