1 de abril de 2009

Eu Tenho Medo

(Bendita preguiça, bendita falta de inspiração, bendita cabeça a mil)

Eu morro de medo de ter de me apaixonar por alguém de quem todo mundo é a fim. É como quando eu tentava a vaga no Instituto Rio Branco, com a diferença de que a seleção do IRBr é comparativamente mais fácil.

Há de se separar mulheres de mulheres neste caso. Existem as deusas estonteantemente lindas, cuja aparência é um cruzado de direita no seu queixo e que chacoalha seu cérebro até o último balançar, no último neurônio da parte do cérebro responsável por avaliar a beleza feminina.

Essas eu dispenso. Ou então fico babando por elas quando uma desilusão amorosa providencial trata de ligar o "foda-se" no meu julgamento. É uma manifestação de catarse, de puro desbunde de um coração partido e cheio de mágoa: "Dane-se! Vou pedir em casamento a primeira loira de 1,90m que aparecer na minha frente!". Mas eu sei que esse tipo de vontade nunca vai pra frente, já que minha vida não é feita totalmente de cabeças quentes e corações amargurados.

Temos um problema quando se trata de uma menina não necessariamente linda, mas um "bonita-próximo-da-realidade". Esse não é exatamente o seu principal atributo, mas sim a sua capacidade de atrair as pessoas com uma palavra amiga, com meiguice, doçura, inteligência e carinho. Chovem homens em cima dessas mulheres, porque, em última análise, é o que todo mundo quer, e me dói ter de desagradar a loira de 1,90m do parágrafo acima dizendo isso.

Eu morro de medo de me ver apaixonado por uma mulher assim pois, como eu disse antes e como antes de mim disse o bardo do Cariri (Xico Sá), homens feios não conquistam mulher por nocaute, e sim por pontos ao final de um aguerrido embate de 12 rounds. Eu posso ser facilmente descartado antes mesmo que a bela infanta sequer note minha existência.

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