18 de abril de 2009

Moleskine Para Nome De Um Fetiche

Fazia tempo que eu não lia o blog da senhorita Panarello, que por sinal não anda atualizando muito o blog. Deve estar ocupada. Enfim, uma das últimas ocorrências dela diz respeito à sua relação com o seu Moleskine, de companheiro de aventuras e de horas de relaxamento.

Um Moleskine é um invento de uma papelaria parisiense de fins do século XIX. Trata-se de um tipo de caderno brochura, com capa de couro (hoje em dia, sintético ou de plástico), onde ao abri-lo, as folhas permanecem sem curvas ou dobras. Elas ficam lá, retinhas, como se você estivesse escrevendo em um bloco de notas. Existem modelos pautados, quadriculados, ou o mais famoso, que não tem pauta nenhuma.

Muita gente famosa usava Moleskine. Lembro-me de pelo menos dois: Picasso e Ernest Hemingway. Muitos viajantes europeus do passado e presente ainda o usam para registrar um diário de viagem, em suas frequentes andanças de carona, indo de albergue da juventude a albergue da juventude. Podem ser notas, desenhos a bico de pena ou até mesmo aquarelas. Mas o uso mais comum é entre os estudantes.

Eu sou louco pra ter um Moleskine. Sentir a liberdade de escrever um pensamento da forma que eu quiser, com uma caneta tinteiro ou de gel, em uma caligrafia (camoniana, no dizer de um colega meu) na qual só eu sei que vou entender. Acadêmico, pessoal. E depois guardá-lo como lembrança, feliz ou não, de um determinado momento de minha vida.

Um comentário:

Mme. R. disse...

Eu sou dependente de moleskines, particularmente das agendas (me encaixam como uma luva). Uso também para as anotações acadêmicas (com pauta) e pessoais (sem pauta). O que mais gosto neles é a textura e cor do papel, que se mesclam fantasticamente a caneta ou lápis. Derivo um prazer inenarrável de escrever à mão; o moleskine é a completude deste capricho.

Para artistas e designers, então, devo completar que não enxergo alternativas.