Há quem diga que Fittipaldi foi um bom piloto de F-1, nos tempos áureos em que ainda existia uma equipe chamada Brabham usando o valente motor Cosworth DFV V8. Eu não vi essa fase da F-1 por motivos óbvios, já que seu último título na categoria foi em 1974. Numa época em que também existiam Jackie Stewart, Gilles Villeneuve e Phil Hill é meio difícil acreditar nisso, mas seus dois títulos mundiais são suficientes para calar minha boca arrogante.
Eu conheço um tanto melhor Clarice Lispector. Ok, conhecer é uma figura de linguagem. Mas como escritora ela era, de fato, hors concours. Qualquer livro que se leia dela é motivo para ficar pelo menos uns minutos procurando o chão. Quando eu li "A Paixão Segundo G.H.", fiquei alguns dias meio bobo, como se tivesse acabado de chegar na Terra.
O que haveria de sair de um encontro entre os dois?
Agora você sabe. E, por sinal, a primeira pergunta que ela fez ao Rato foi absurdamente intimidadora:
- Sobre o que você quer falar?
Talvez o piloto não soubesse exatamente o que viria pela frente, talvez ele nunca tivesse lido nada daquela senhora de olhos rasgados, língua presa e uma mão seca. Mas se eu estivesse frente a frente com ela e ela me perguntasse isso, eu juro que sairia correndo assustado gritando "Manhê, ela vai desvendar os mais profundos recônditos de minha alma!!!".
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