Como se sabe, Brasil e França assinaram um acordo militar bilionário neste 7 de Setembro, envolvendo a compra de 4 submarinos convencionais da classe Scorpène, assistência técnica para a construção do casco de um submarino nuclear de 6 mil toneladas de deslocamento aqui no Brasil, e a construção de 50 helicópteros pesados na fábrica da Helibrás em Itajubá, MG. Ao mesmo tempo, Lula e Sarko-kô meio que deixam acertada a aquisição de 36 aviões de caça Rafale, nas versões B (biplace) e C (chasseur), bem como o referido processo de transferência tecnológica para empresas brasileiras - inclusive a Embraer, que montará o avião por aqui. Concretizado o acordo, a França também considerará seriamente a compra de 12 aeronaves KC-390 da firma do ABC paulista, destinados ao transporte (19 toneladas) e reabastecimento de aeronaves em vôo.
Algumas coisinhas:
- A aquisição de novos armamentos é um procedimento normal para qualquer país que mantenha um exército regular (e até aqueles que não o tem, como a Suíça). O papel internacional do Brasil também mudou, expandindo-se. Mas a construção do submarino nuclear nada mais é que os nossos almirantes com complexo de pau pequeno, já que as funções que serão desempenhadas por ele poderiam ser feitas, e até com mais eficácia, por submarinos convencionais ou com tecnologia de propulsão independente de ar - tecnologia disponível, inclusive, em uma das versões do submarino Scorpène;
- Contrapartidas comerciais na aquisição de equipamentos desse tipo são relativamente normais, mas o que impressiona é o fato de que os franceses irão adquirir os 12 aviões KC-390, tendo projetos para a fabricação de 2 modelos de aeronaves para as mesmas funções.
Os milicos, claro, estão felizes. Mas ninguém está mais feliz que o establishment bélico francês. A ver os resultados.
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3 comentários:
mais amor e menos guerra... ;)
bjs
de certa forma, esse é o meu lado racional. =p
eu gosto de todos os lados.
bjs
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