7 de fevereiro de 2008

Post Tímido

Eu tinha uma idéia para um post rasgado, escancarado, em ode àquelas mulheres com as quais eu certamente me casaria, por uma série de motivos. Em sua grande maioria são minhas amigas, e cada uma tem um determinado aspecto que chama minha atenção e que me fariam passar anos, bodas de todos os materiais, junto a elas.

Mas aí eu fiquei com vergonha e decidi omitir nomes, e resguardar somente as características físicas e psicológicas.

Uma delas não merece sequer grandes citações, apesar de cada um meio que ter partido caminho, cada um pro seu lado. Mas... céus, ela é hors-concours. Hê.

Outra, tenho certeza que é a mulher dos meus sonhos. Não por idealização excessiva, mas por realmente ter aparecido em 3 sonhos meus há alguns anos atrás, e isso sem a conhecê-la. Inspiração no ápice. Hoje em dia, eu posso dizer que tenho de fato um monte de motivos para ficar da forma que eu fiquei no universo onírico. Ainda mais quando me volto para aqueles olhos claros azul-esverdeados (olhos de pietà), aquele rosto sardento e aquele jeito doce de conversar comigo. De arrancar suspiros.

Acho que a terceira é a própria reencarnação de Clarice Lispector. Tem o mesmo queixo fino, as mesmas maçãs do rosto salientes, os olhos rasgados e verdes de gata zangada. A mesma personalidade de mostrar-se e ao mesmo tempo esconder-se, já que nos 2 anos e poucos que nos conhecemos, eu ainda não consegui descobrir o que se passa na cabeça dela totalmente. É ninja em afirmar essa característica de sua personalidade, ou melhor, mestra shaolin. Mas acho que ela me proporcionaria um romance daqueles da referida ucrano-pernambucana.

A quarta, não poderia esquecer nunca dela. Verdadeira beleza de gelo, inescrutável, vigilante na defesa da muralha que criou em volta dos seus sentimentos, íntimos ou não (embora muito dessa muralha tenha caído nos últimos anos). Muito do fascínio que ela exerce está justamente nessa característica de não revelar nada sobre si. De aparência, é um clone de Nastassja Kinski, com grandes olhos clementes e que mudam de cor. O pouco que pude perceber dela confirma minhas expectativas: estou a anos-luz de distância. Nem por isso ela se torna menos atraente e encantadora, mas admiro como quem admira a beleza destruidora de pedaços de geleira se despedaçando no Ártico: de longe.

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