6 de fevereiro de 2008

O Preço Da Atrocidade

Hoje eu estava vendo um artigo na Wikipedia sobre um certo tipo de lançador de rojões militar que está em vias de ser fabricado sob licença aqui no Brasil pelo Exército, com alguns melhoramentos incorporados pelas divisões de ciência e pesquisa. Básico, direto da fábrica na Suécia, o equipamento custa cerca de US$ 1,4 mil.

Ou seja, pelo preço de um notebook razoável você consegue uma arma capaz de destruir qualquer tanque moderno.

Eu já sabia desses absurdos que compõem a história do mercado de armas internacional, até porque já assisti "Lord of the War", relato impressionante sobre esse submundo responsável por, entre outras coisas, as diversas chacinas africanas e a violência vista nas grandes cidades brasileiras. Mas é meio que assustador saber que uma arma tão poderosa é vendida tão barata.

Fuzis AK-47 (ou melhor, o Tipo 56, sua versão chinesa direta) são vendidos bonitinhos na caixa por cerca de 90 dólares. Se alguém quiser uma sofisticação maior, pode contar, conforme me contaram, com os mercados no Paraguai: grandes lojas lá podem te entregar um M-16, kit completo, por um preço bem inferior a US$ 1 mil.

Para quem quer realmente ver o circo pegar fogo, um tanque T-72, capaz de realizar um estrago considerável mesmo enfrentando um inimigo mais moderno, pode ser adquirido por uma pessoa mais corrupta no mercado de países do Leste Europeu ou do Oriente Médio. O preço? O equivalente a 3 Mercedes Classe S, tops de linha. Coisa pouca para grandes comandantes de guerrilhas ou coisas do gênero.

Nunca foi tão barato matar em massa. E isso é assustador.

Um comentário:

jera disse...

realmente assustador.