26 de novembro de 2007

E Quando A Gente Procura...

... acha.

Eu era louco para saber quem era uma cafuçuzinha que aparecia dançando em uma das inúmeras vinhetas da MTV. Era o clássico estereótipo da estudante de arquitetura do CAC, uma personagem que sempre me agradou bastante, e ainda continua exercendo seu fascínio sobre esta pessoa. Imagino que deve haver gente que tem fantasias eróticas com aquelas réguas "T", mas, bom, ainda bem que eu sou um menino do interior.

Enfim, e mudando de assunto propositalmente, o fato é que graças a um certo post de uma certa italiana, eu consegui descobri quem era a dita cuja. Trata-se de Cat Power, ou o nome de palco de Charlyn Marshall, classificada como uma das mulheres mais góztosas da história do rock. E com razão, embora ela certamente esteja fora do estilo de uma Debbie Harry (Blondie), Lita Ford (The Runaways) no esplendor do sucesso, Nina Persson (The Cardigans) e talvez aquela que eu ache a mais recente vedete, Reeta-Leena Korhola (Husky Rescue). Enfim, chacun a son goût.

É difícil classificar o estilo dela, pelo que eu ouvi, mas certamente é experimental. E indie também, embora dentro desse enorme guarda-chuva caiba desde Arcade Fire e Weezer, representantes legítimos do nerd rock, até o blasé, ao menos na minha opinião, de coisas como Placebo. Aliás, poucas coisas pra mim são mais representativos de um indie autêntico que uma atitude blasé. Cat Power é assim.

E talvez seja por isso que ela cative tanto. A voz dela é suave, envolvente, mas ela também olha pra você (e isso é potencializado quando ela está com aquele cabelinho na cara, aquela dancinha tosca, a calça jeans e a camisa preta de botão largadona) com aquela cara de "o quê, você nunca foi a Londres"? Humilha que humilha. Aliás, isso daria mote para um possível encontro amoroso entre a dita cuja e um matuto cool, como é o Xico Sá. Aposto que num instante ele tirava o queijo dela. Em duas horas de conversa, talvez ela estivesse até lambendo os dedos da buchada acompanhada de um vinho syrah de ótima safra. Mais um pouco do vinho, e eles estariam dentro em pouco fazendo uma análise junguiana do inconsciente coletivo nos tempos do Padim Ciço.

Mais tarde, talvez, ainda saindo dos lençóis desarrumados, ririam e muito de imaginar Habermas vestido de gibão e chapéu de vaqueiro.

E por aí vai.

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