10 de agosto de 2007

O Futebol é o Quê, Mesmo?

Tá rolando o maior barraco no blog da Copa Paulo Francis. O nome escroto e o motivo de minha preocupação com ela eu explico:

Em 2003, acho que lá pelo meu segundo período na faculdade, nós e o povo do então quarto período (como só existe uma entrada por habilitação de Comunicação Social na UFPE, então só existem períodos pares ou ímpares para cada curso por semestre) resolvemos colocar à frente idéias antigas do pessoal do curso referentes a um campeonato de futebol. Tudo começou com uns joguinhos amistosos para saber se valia a pena, que foram um sucesso. E então começou a organização para iniciar aquela que seria a copa dos estudantes de Jornalismo.

Mas que nome colocar? Era preciso algo de impacto, com alguém que contribuiu substancialmente para o jornalismo, e se fosse esportivo, melhor ainda. Surgiram propostas como Nelson Rodrigues, Juca Kfouri, até mesmo Jorge Kajuru. Aí o povo do então sexto (e, na primeira edição da Copa, sétimo período), uma tucanada de mão - e bico - cheios, bateram o pé e fizeram beicinho pra batizar de Paulo Francis ou Carlos Lacerda. Que remédio - precisávamos deles pra fazer o campeonato - então escolhemos o menos ruinzinho, que era Paulo Francis. Estava feito o batizado, e a bola rolou.

A polêmica sobre regras acompanhou o campeonato desde o início, por causa de um aluno desblocado que queria jogar pela turma onde estava. Inventaram de criar um estatuto e um comitê gestor da copa que, nos anos subsequentes, veio a se tornar - na minha opinião e do pessoal da minha turma - na nêmesis do espírito esportivo. Afinal de contas, eu estava pouco me lixando sobre datas, horários, tabelas, etc. desde que nós jogássemos bola pelo simples fato de jogar bola. Os três pontos na tabela eram mera consequência. Mas, como sabemos, a criação de um posto de poder faz com que o desejo de cristalização se materialize na cabeça, especialmente aqueles de um grupo dirigente que não larga o osso por nada neste mundo.

Foram pelo menos uns 3 campeonatos, contando o desse ano, que rolou polêmica. No caso de 2007, nós, que nos formamos em novembro do ano passado, participamos como time convidado a pedido da maioria dos nossos adversários, contra quem sempre tivemos o maior respeito e jogamos de maneira limpa. O problema é que tem um certo cartola que quer porque quer ganhar a taça de qualquer jeito, nem que para isso sujeite o próprio time (onde eu tenho muitos amigos) a ser chamado de "café-com-leite". Esperneou na hora que aprovaram a entrada de nosso time como convidado no campeonato desse ano, e esperneou ao ver que, pouco antes da rodada final, nós tínhamos chances reais de vencer a dita cuja. Resultado, uma cômoda mudança de horário para fazer com que o time do pessoal da minha turma não tivesse condições de jogar com o time completo. E, por consequência, perder por W.O.

O futebol é um esporte maravilhoso. Mas, ao contrário do que pensam certos juízes de certos estados, a maior praga do referido jogo não é a viadagem. É, sim, a sede de poder que pode fazer tudo, impedindo inclusive o fair play. Sede de poder, inclusive, que pode se mascarar em um discurso rebuscado e cheio de intenções escondidas. Sede de poder que me fez ficar farto, desabafar e até mesmo "olavar", no sentido de mandar alguém, literalmente, tomar no centro da caçapa do olho do cú.

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